domingo, 17 de maio de 2009

Jornalismo Participativo ou "pitaco"?


O Jornalismo colaborativo é um dos mecanismos utilizados pelo jornalismo on laine, com a participação de cidadãos comuns enviando vídeos e noticias para os veículos de comunicação se tornando assim “jornalistas”. Uma escola foi criada na Coréia do Sul, Escola de Jornalismo Cidadão que ensina qualquer um, o oficio de ser jornalista, o que aponta uma discussão sobre o assunto colaboração na internet.

 Segundo o site Medion em palestra para discutir o jornalismo impresso e sua transposição para o jornalismo on laine “1º Seminário Internacional de Jornalismo” também se falou em jornalismo participativo. Entre os palestrantes presentes estavam: Caio túlio Costa, diretor presidente de Internet da Brasil Telecom, Mário Magalhães, ombudsman da Folha de São Paulo, falaram sobre o assunto e ressaltaram a importância desta participação para o jornalismo, porém com controle de conteúdo, seria uma maneira de enriquecer o jornalismo ao qual estamos acostumados, a interatividade a serviço da informação.

Em entrevista ao site da fenarj Antonio Hohlfeldt é Doutor em Lingüística e Letras e Alfredo VizeuAlfredo Vizeué vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade, membro da Sociedade Brasileira dos Pesquisadores , falaram sobre suas convicções sobre o assunto porém acreditam que se abrange, não faz parte só do jornalismo em si,  é uma forma de expressão muito maior, segundo  Alfredo Vizeu. Eles dizem que o jornalismo cidadão deve ser olhado com cautela e quem deve mediar às informações passadas é o veiculo.

Ou seja, todo conteúdo é bem vindo a interatividade é uma nova forma de informar, mais com responsabilidade e compromisso com o leitor.

sábado, 11 de abril de 2009

Resenha do Livro “A arte fazer um jornal diário”

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O livro de Ricardo Noblat “A arte de fazer um jornal diário” dá vida a uma rotina que um dia será nossa. Com riqueza de detalhes, mostra a realidade de uma redação e a responsabilidade de informar. São discutidos temas como o jornal impresso e a perda do seu espaço no mercado para outras mídias, técnicas do jornalismo diário e o caráter na profissão .

O que é notícia? Como fazer uma reportagem e apurá-la? Qual a diferença de gêneros opinativos e informativos? São questões abordadas e ilustradas com reportagens e experiências de profissionais da área e do próprio autor.

Jornalista a mais de 40 anos, Ricardo Noblat começou sua carreia no jornal Correio Brasiliense, sua vasta experiência nas redações, traz ao nosso conhecimento a essência de um bom jornalista. Dono de uma escrita impecável, as palavras viram brinquedo em suas mãos, reescreve seus textos de diversas formas se reinventa, nos convida a entender melhor a escrita jornalística, compartilha esta atmosfera com uma linguagem de fácil entendimento, que serve para professores, alunos e todos interessados em conhecer um jornal diário.

Este livro ressalta que criar e inovar, não ter medo de mudar, surpreender o leitor e explorar o mundo da informação é a função de um bom jornal, em tempos de internet as noticias se tornaram cada vez mais superficiais e instantâneas, o jornal impresso se destacará não com notícias passadas, e sim se preocupando com sua própria pauta.

Assim é um jornal, um quadro em branco esperando seu artista, e este livro nos dá as ferramentas para entendermos melhor esta arte.

Pré-estréia do filme Divã surpreende faculdade

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O filme Divã mostra a evolução do cinema brasileiro




O Centro Universitário Uni’Santanna, promoveu nesta quinta-feira dia 02/04, a pré-estréia do filme Divã, que será lançado no cinema dia 17/04. Baseado no livro homônimo da escritora Martha Medeiros se tornou peça de teatro e agora no cinema espera conquistar o público. Lilia Cabral interpreta Mercedes, uma mulher que diante de um psicanalista expõe suas experiências, medos e anseios. O professor de Radio e TV, Luciano Fraga, foi quem conduziu a entrevista com o roteirista do filme Marcelo Sabak. O evento contou à participação do interprete de Libras Everton Pessoa. Estavam presentes os cursos de Comunicação Social e alunos de outras disciplinas que obtiveram convite antecipadamente. O auditório, com capacidade para 420 pessoas, estava lotado. A organização do evento foi feita por alunos do terceiro semestre de Relações Públicas.

Marcelo Sabak não pode ficar para o debate que geralmente acontece ao final da sessão. Pediu desculpas, pois havia outras duas Pré-estréias no mesmo dia. Sabak é autor, ator, diretor e roteirista. Participou de seriados como City Com e Sai de Baixo na TV Globo. Segundo ele o filme é suave e se distingue dos outros formatos. “Existem três realidades que são abordadas de formas diferentes, tanto no livro quanto no teatro e cinema”, Explica. O coordenador do curso de Comunicação Social Roberto Mecca, relata que a apresentação do filme começou a ser negociada no final do semestre passado, porém por falta de agenda disponível, não aconteceu antes. “Surpreendeu-me o filme ser badalado na mídia, por meio de propagandas no metrô e blogs, isso foi muito bom e aponta para um sucesso.” Diz contente com o resultado. Estudante do Curso de Publicidade e propaganda Rubens Amaral, afirma ter gostado do filme, mais sentiu falta do debate, segundo ele é importante esclarecer dúvidas sobre o filme, e dá a oportunidade de trocar experiências com o convidado. “Acredito que houve uma falta de organização, por esse motivo o roteirista foi embora antes de começar o filme.” Desabafa. Mecca questionado sobre o assunto, acredita que o evento não foi prejudicado. “Melhor o roteirista ter saído antes, do que nem ter aparecido”, Esclarece.

O interprete Everton Pessoa disse que não conseguiu executar o seu trabalho durante o filme, pois as luzes foram apagadas. Ele afirmou que estava orientando somente a um aluno, Leonardo Barbosa Costa filho, deficiente auditivo, segundo o interprete, foi dele que partiu o pedido. “É impossível para o Leonardo me visualizar no escuro, até tentaram ascender à luz, mais ele achou melhor prestar atenção nas imagens”. Segundo ele o ideal seria uma legenda. O Professor Luciano fraga que participou da banca, estimula seus alunos a fazerem os documentários com esse artifício “Agora é lei, e temos que nos adaptar ter um olhar na indústria cultural investindo na inclusão social”. Diz.

Mecca afirma que a Produtora Brazucah, responsável pela divulgação, sempre que tem algum filme com a possibilidade de ser exibido em uma faculdade, não hesita em apresentá-lo. Seu primeiro contato com a produtora, foi por intermédio de uma aluna do Curso de Rádio e TV Fernanda Barriquelo. “As dificuldades do começo não se fazem tão presentes, hoje o filme brasileiro é visto com menos preconceito. Houve uma evolução e também uma maior aceitação. O filme Divã é um exemplo disso, a história tem ritimo e cativa o telespectador”. Revela satisfeita. Fernanda não trabalha mais com a Brazucah passou a missão para Marco Aurélio Costa, coordenador do projeto.




Entrevista com Professor José Roberto de Souza Andrade

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O acordo ortográfico e suas entre linhas.


O acordo ortográfico entre países que falam a língua portuguesa, nos quais fazem parte Angola, Brasil, Timor-Leste, Cabo-Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, vigorado aqui no Brasil em 01/01/2009, gera polêmica e dúvidas com relação às mudanças.

A reforma foi criada, segundo o site da Comunidade de países que falam a língua Portuguesa (CPLP) para unificar o português escrito. Propiciando a sua integração.

Em entrevista concedida no dia 27/03, o Professor José Roberto, 46 anos, formado pela Faculdade de São Paulo (USP) Mestre em letras, ressalta alguns aspectos importantes desta reforma.



O acordo ortográfico entre paises que falam a língua portuguesa realmente foi necessário?

Depende o que se chama de necessidade, se a necessidade era unificar a grafia da língua portuguesa, me parece que foi necessário, assim não será mais preciso adaptar ortográficamente os livros editados em países diferentes, isso é importante. Agora, se você pensar em necessidades de modificações na ortografia, talvez essa reforma tenha sido um pouco tímida. Porém de qualquer maneira ela existe e agitou o mercado editorial.

Este acordo foi benéfico?

Sim, pois não há mais necessidade de se fazer uma adaptação ortográfica de um livro editado em Portugal aqui no Brasil, ou daqui para Cabo-Verde, beneficia os trabalhadores da língua portuguesa, editores, revisores, escritores e os professores que aplicam esta disciplina, pois de alguma maneira suas vidas ficaram um pouco mais agitadas (risos), sempre perguntam sobre a reforma.

Acredita que deveria haver mudanças substanciais?

Essa reforma é uma reforma tímida, de qualquer maneira é uma reforma. Eu não sei exatamente qual a profundidade que ela deveria assumir, qual a dimensão que deveria ter, mais é um passo para que aja uma integração entre os países que utilizam o português como idioma.

Aposta então na integração?

Eu entendo que sim. A língua de alguma maneira é uma espécie de esteio, de ponto de encontro entre todos os estes países. Esta discussão a respeito da unidade ortográfica é produtiva este sentido, se não aproxima na política ou na economia, aproxima de alguma forma na ortografia, o que já é positivo. Embora existam muitas diferenças no campo da história, das influências, dos grupos políticos e étnicos.

Há interesses políticos?

Sempre há, são mais de 200 milhões de falantes da língua portuguesa, a unidade é interessante política e economicamente.

Quais são os pontos positivos e os negativos desta reforma?

O ponto positivo desta reforma é que de certa forma aproxima, começa pela língua, porém pode abranger outros campos.

O Negativo seria na adaptação, pois quando você tem este tipo de modificação, causa sérios problemas pra quem é usuário da língua, pois de alguma maneira terá que reaprender, e é claro que isto causa transtornos.

Já utiliza a nova regra em suas aulas ?

Sim, embora não tenha decorado todas as novas regras (risos). É bom começar a usar logo, desta forma você se acostuma, eu prefiro pensar que devo utilizar agora, assim em 2012, quando a regra obrigatoriamente terá que ser cumprida, eu já saberei tudo.

E os dicionários quanto tempo levarão para se adequarem?

Alguns já estão em fase de adaptação. A Academia Brasileira de Letras lançou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) com as novas regras.

O senhor orienta seus alunos a utilizarem à nova regra?

Sim, distribuo material com as novas regras. A Editora Melhoramentos lançou em pdf um guia com as principais modificações que disponibilizei na internet, eu mesmo uso este material e recomendo.

O Brasil foi prejudicado de alguma forma?

A comunidade de países de língua portuguesa (CPLP) assinou cláusula que de que se três países aprovassem a reforma ela valeria. São regras e todos tinham conhecimento, se dissermos que estes países foram prejudicados afirmaríamos sua ingenuidade, o que não foi o caso. O Brasil, que é o país com mais falantes da língua portuguesa não cometeria tal erro.

Artesão de rua ou vendedor ambulante?

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Os artistas de rua e suas distinções com relação a vendedores ambulantes

Profissionais informais encontraram na rua uma forma de sobrevivência, porém de maneiras distintas. O comércio de artesãos e camelôs na Av. Paulista e Centro expandido, divide opiniões. De um lado o artesão de rua que expõe sua arte e dela tira o seu sustento. Em contra partida o vendedor ambulante compra sua mercadoria e as revende.

De acordo com a assessora de imprensa da subprefeitura Maria Carolina Falzino, todo comércio exercido em via pública segue a legislação municipal e precisa de autorização para acontecer. “Toda pessoa é livre para manifestar sua arte. O que não pode acontecer é que se utilize, de forma contrária à lei”. Diz.

Mandala é artesão há mais de 20 anos, não tem licença da prefeitura, expõe seus objetos que ao primeiro olhar engana. Um emaranhado de fios torcidos, feitos de latão e ligas metálicas, que movimentados se transformam em chapéu, microfone, “algo simples e ao mesmo tempo complexo”. Revela. Sua barraca localiza-se próximo ao metrô Trianon. Segundo ele as diferenças entre os dois segmentos muitas vezes não são compreendidas. “Nos confundem com camelôs, porém eles compram mercadoria de terceiros, muitas vezes pirateada e nós fazemos arte, difundimos cultura”. Afirma.

Camelô há pouco tempo, Vegner, 23, vende bijuteria no centro de São Paulo, não tem ponto fixo e geralmente é encontrado na Praça Dom José Gaspar. Não conseguiu licença para trabalhar na rua, alega muita burocracia, segundo ele sua mercadoria vem da china sem nota fiscal. “Gostaria de ter um trabalho com carteira assinada, porém esta foi à única forma que encontrei de garantir meu sustendo.” Desabafa.

Este assunto gera polêmica entre os próprios artesãos. Leonardo Soares Meira, 22, confecciona brincos e pulseiras, utilizando sementes como matéria prima. Aprendeu este oficio com sua esposa, e por meio dele garante sua sobrevivência. “Não me sinto privilegiado por trabalhar com produtos manufaturados. Tenho amigos quem vendem CDs piratas, o que eu faço também é mercadoria, me igualo a eles neste ponto, pois o que produzem neste caso é de certa forma, feito por eles”. Relata.

Anny Soares dos Santos, 23, sempre comprou produtos tanto de camelôs como de artesãos. “Acredito que a lei deva ser cumprida, tanto pra um quanto para outro, quem trabalha na rua, se está agindo de forma ilegal, deve ser punido.” Argumenta.

Segundo assessoria da Subprefeitura Sé, há investimento em feiras de arte, artesanato e antiguidades instaladas em locais abertos ao público e em áreas de propriedade municipal, que são compostas por grupos, entre os quais os expositores de artesanato. Todo expositor tem que passar por alguns trâmites. A primeira exigência é que na feira existam vagas. Após a divulgação da existência, a inscrição para participação e aprovação no teste de aptidão, a TPU é outorgada em caráter pessoal e intransferível, a título precário e gratuito.

Quando questionada sobre as distinções entre artesão e camelô, afirma que ambos exercem comércio em via pública, porém existe diferença para cada atividade. “Para artesãos há as feiras de arte e artesanato autorizadas. Ao todo são sete na região da Subprefeitura da Sé. Para expor nelas, o artesão deve comprovar que o produto comercializado é de fato produzido por ele. Já os ambulantes, que também têm que ter permissão para comercializar produtos, seguem outras exigências legais e têm que comprovar a procedência do material”.